Algum lugar
Eu vou pro meio do nada.
É lá onde construirei a minha casa.
Com muita madeira e um verde infinito.
Espalhadas, algumas poucas pedras não-polidas.
Quero acordar, por vezes, antes do sol.
E quando os seus raios apontarem no horizonte
Estarei com a mesa posta e o café será o único passado.
Ah! Quero mais janela do que parede, muito mais.
Na verdade, quero unir portas e janelas.
Tudo será a mesma coisa e tudo será uma coisa só.
O teto, se necessário, será feito com partículas de ar,
Cristalizando o suspiro orvalhado da madrugada.
Pois nada fará com que o anil estanque.
Ademais, o meu jardim será composto de árvores,
E a mata densa será o pátio.
Minha mesa será a raiz avantajada e exposta de uma figueira,
Do limiar do tronco até a passagem protuberante para a terra.
Assim, o meu lustre será climatizado e variado
De acordo com as quatro estações do ano.
À tarde eu quero estar em um riacho.
Que me buscará através de um acidente geográfico.
Minha canoa será o volume d'água,
O qual sustentará a minha pouca massa jacente
Levada pela força da correnteza.
Estarei em uma planície na tardinha.
Respirando o frescor do azul-marinho que se aproxima.
Meus livros cairão das árvores ao chegar do outono,
Folhas caducas, que terão como palavras as suas próprias nervuras.
Chegando a noite, eu quero sempre a luz do sol que na lua se insinua.
Quero uma ceia pouca, naquela mesma mesa tortuosa sob e da figueira.
E para cama do alto morro eu quero o cume.
Para, assim, ver se nos meu sonhos as estrelas
Se confundirão com vaga-lumes.
"o café será o único passado..." tu tem umas coisas que vou te dizer... não, melhor nem dizer nada.
ResponderExcluirCoisas que uma aula mal dada de psicologia do desenvlvimento II nos proporciona.
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