Redenção

Morreu o poeta.
O poeta?
Morreu?

Foi visto adentrando em sua casa,
Após uma de suas noites boêmias.
Dizem, vinha cambaleando na madrugada
Decerto, como de costume, o bêbado encheu a cara.
Entrou, fechou a porta, luzes não foram vistas.
Só, então, encontraram-no
Como um frio cadáver no outro dia.
E aos olhos dos que passavam resvalava
O sangue que amanhecia na calçada.


Comentários

  1. E assim, morrem as palavras: quando mais um poeta deixa de ser imortal na sua humilde condição de carne.

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