Desgosto



Desgosto

Não sei se é pena de mim mesmo
Que devo sentir ao rabiscar isto
Em meu antigo caderno de música,
Que, com a espiral enferrujada,
Já nem folheia direito.

O pior é que ele não tem linhas,
Somente as pautas para a partitura.
Aquele conjunto justíssimo de cinco segmentos
Que, nos seus intervalos, não suportam letras.

E mesmo que eu colocasse, no início das retas,
A clave de sol, dó ou fá
A minha poesia não voltaria a afinar.


Comentários

  1. Desgosto? Também pudera!
    Sente pena de si próprio. Só sabe que nada sabe. Está sempre no mesmo dilema: beija; não beija; abraça; não abraça; aperta; não aperta... E o único "comentário" vem da lixeira.
    E as outras apaixonadas, pela sua arte, é claro, se foram e não voltaram mais?

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  2. E ainda por cima recebo críticas de um anônimo!

    Ps: estou brincando, valeu pelo comentário =D

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  3. Achei um charme esse comentário!

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  4. Só mesmo rindo diante desse comentário anônimo.

    Sol rindo...COM GOSTO
    PARA VC.
    E SUA POESIA
    MEU TÁO QUERIDO CARLITO.

    ;o))

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  5. O mais legal é que o cidadão crítico anônimo não entende nada da poesia. E não deve ter desconfiômetro, acima de tudo! Meu escritor preferido! =**

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