Finitude do ser
Porque um dia hão de enterrar-te,
Sob a espessa camada do esquecimento.
A silenciosa ramagem fria será o alento,
Nada mais haverá de sobrar-te.
Tecerás uma coroa com raízes e cabelos.
Sobre a tua face sementes germinarão.
E no vão da memória, paradoxalmente,
As flores no teu peito murcharão.
Em teu corpo, sintas o peso da mortalha.
Como em um berço, afunda-te no seio da terra
Aceita o destino dos homens, amigo.
Tendo a vida como a mais vazia sala de espera.
Cara. Eu já tinha te falado né, essa do livro é a que eu mais gostei.
ResponderExcluirAh... Esse poema merece a devida divulgação... Se encontra também no Verso Singular, desnecessário salientar o quão esse poema me foi vital e o quanto ele me inspirou...
ResponderExcluirTanto ao ponto de eu humildemente tomar a liberdade de dar continuidade a idéia do amigo, rabiscando "Finitude do Ser II", nada mais que uma ressalva sobre o rito de passagem que é a vida além da morte...
Poxa... Esqueci de comentar sobre a imagem que o amigo usou aqui, meu Deus... Expressa perfeitamente a idéia de renascimento... Faz da morte algo sublime, recomendo o filme "A Fonte da Vida" outra bela ilustração sobre esse tema...
ResponderExcluirAbraço, amigo poeta!
Finitude do Ser II, continuação perfeita para o que foi lido aqui... Acesse o Verso Singular e aprecie a boa poesia...
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